quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Bals Masqués

É como se preparar para um grande evento, você simplesmente não pode pegar a primeira coisa que vê no armário, qualquer defeito no material pode refletir ou mostrar coisas indesejáveis. O sorriso e o acelerar do coração são como uma rotina. Sinto-me em cima dos palcos, protegida. A ansiedade me toma conta todos os dias antes de dormir. Medo de que pessoas vejam o que não devem, falem e até sintam o que não deveriam. Qualquer gesto parece explícito, vulgar, mas parece impossível não querer encontrar alguém para poder dançar durante à noite. Colocar a máscara ao acordar já virou algo involuntário, porém a dúvida é sempre a mesma: com quantas pessoas posso me encontrar? Cada pessoa merece um determinado tipo de máscara. Separá-las e pensar na ordem em que os possíveis encontros podem ocorrer não é algo fácil, muito menos trocá-las tão rapidamente enquanto busco me equilibrar no salto alto. Para os mais próximos, os quais pensam me conhecer, uso a máscara de lua, para os conhecidos apenas a da felicidade, os mais distantes; a do mistério, os que podem ter algum proveito; a da meiguice. Ter o gingado é uma maravilha, as pessoas depois de certo tempo não percebem o quanto isso as deixam tontas e cansadas. Não adianta se organizar e utilizar máscaras ridículas se não sabem dançar. Merda! pisaram no meu pé.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Banho Seco em 7 segundos

Como eu me acostumo rápido. As mudanças são drásticas para mim. Desde o ano passado só tomo banho de água quente, com música e luz apagada. Não danço, somente tomo banho, agora eu só tomo susto com os produtos caindo, com a água que não esquenta. Tomo susto por perceber o quão idiota eu pareço abraçado com algo invisível e continuo a tomar choques tentando achar a luz.